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Artistas brasileiros se reúnem em show de tributo a David Bowie

Já virou uma rápida tradição. Pelo segundo ano seguido, artistas brasileiros se reúnem em show para homenagear o Camaleão do Rock Agência Estado | sábado, 19 de janeiro de 2019 - 13h44
Para Ritchie, o show vem no momento ideal de se relembrar a obra de seu compatriota Para Ritchie, o show vem no momento ideal de se relembrar a obra de seu compatriota - Foto: Divulgação

Já virou uma rápida tradição. Pelo segundo ano seguido, artistas brasileiros se reúnem em show para homenagear o Camaleão do Rock, David Bowie, bem no mês de janeiro, que celebra tanto o seu aniversário (ele nasceu em 8 de janeiro de 1947), como relembra a sua morte (Bowie nos deixou em 10 de janeiro de 2016).

Desta vez no Sesc Pompeia, na capital paulista, o novo show Let's Dance: Uma Homenagem a David Bowie será realizado neste sábado, 19. Filipe Catto, Leo Cavalcanti e Ritchie retornam para cantar músicas do ídolo britânico, com Barbara Ohana, Charly Coombes e Antiprisma se juntando a eles este ano. As apresentações devem começar às 21h30.

"É sempre bom reunir os fãs de David Bowie", acredita Ritchie, que apesar de nunca ter sido um fervoroso seguidor de Bowie, divide com ele um lugar em comum em suas trajetórias musicais. "Embora ele tenha nascido em Brixton, se mudou aos seis anos para Beckenham, a cidade em que nasci", explica o cantor britânico-brasileiro. "Foi lá que ele escreveu suas obras primas. É uma cidade referência para nós dois. Não tínhamos proximidade, mas é um elo que tenho com a figura dele."

Para Ritchie, o show vem no momento ideal de se relembrar a obra de seu compatriota. "Estamos num momento em que começam a contestar várias conquistas lideradas por Bowie, conquistas de liberdade", diz. "É o momento de homenagear pessoas com essa coragem. Eram poucas pessoas que tinham a visão de arte dele."

Filipe Catto concorda. "Estamos vivendo um retrocesso a níveis bizarros. Nunca foi tão importante escutar David Bowie e falar sobre a fluidez artística que existe na gente", acredita. Para ele, que vai cantar no show músicas como Heroes e Under Pressure, a subjetividade da música de Bowie deve ser celebrada. "É importante ouvir Bowie e refletir sobre o que ele estava querendo dizer. É uma maneira de não perder a subjetividade, algo que está sendo tirado de nós."

Catto se diz devoto a Bowie. Cresceu, segundo ele, ouvindo suas músicas. "Na adolescência, a música da minha vida era Rebel Rebel. De madrugada, ficava ouvindo Ziggy Stardust", relata. "Essas músicas moldaram a minha vida por inteiro."

Para ele, um dos pontos mais importantes da obra de Bowie é a liberdade estética. "Sou obcecado pela estética e pela iconografia, ele é uma das figuras mais inspiradoras", afirma. "Ele colocou a estética acima do gênero, criou um lugar de androginia e liberdade que me influenciou profundamente."

Barbara Ohana, que estreia no show este ano, também é das fãs mais fervorosas. "Sempre me abasteço com Bowie, sempre tem uma coisa nova para descobrir em sua obra", ela diz. "A cada fase da minha vida eu vou catando uma coisa nova."

A cantora afirma ainda estar em luto por sua morte. "Foi muito traumático, eu estava em Los Angeles no dia, passei em frente à estrela dele na Calçada da Fama. Fiquei com as pessoas chorando, cantando", relembra.

Barbara é mais uma a acreditar que as conquistas de liberdade feitas por Bowie estão sendo questionadas. "Ele passava a ideia de consciência humana na arte, na roupa, no cabelo, no olhar", afirma. "Temos que falar de Bowie principalmente agora, com as pessoas questionando os valores que já tínhamos dado como conquistas."

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