Os desdobramentos em torno da prisão de Giovanni Barbosa, 29, o “Bonitão do PCC”, não param de acontecer. Segundo as informações do portal ABC Color, a polícia paraguai afirmou que o criminoso teria invadido o conhecido cassino e ordenamento o fechamento do estabelecimento, de propriedade de Fahd Jamil Georges, 76.
O PCC liderado por Bonitão na fronteira e o clã de Fahd Jamil estão em disputada desde novembro do ano passado, quando a facção de Bonitão sequestrou, matou e enterrou quatro membros da quadrilha rival.
Segundo o ABC Color, “Bonitão” queria se tornar o único a “governar” a fronteira, e o clã Name é o único empecilho para que isso aconteça.
Prisão – O portal A Crítica, noticiou que o Bonitão do PCC foi extraditado na tarde do último domingo (10) pela Polícia Federal, em Pedro Juan Caballero, a 3 km de Ponta Porã. Giovanni é réu no Brasil em processos criminais por tráfico de armas e drogas, e havia dois mandados de prisão abertos contra ele expedidos pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.
Após ser preso, Silva foi encaminhado para a Polícia Federal do Paraguai. Horas depois, já na madrugada, um grupo de 20 a 30 criminosos tomou a delegacia de assalto e fez três agentes reféns na tentativa de resgatá-lo. O atentado foi contido e a polícia retomou o controle da Delegacia de Investigação de Delitos de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã, na fronteira com o Brasil, a cerca de 350 km de Campo Grande.
Ao recuperar o prédio, foram apreendidos um fuzil FN15, de origem norte-americana, munição, dois celulares e uma caminhonete. Os três policiais feitos reféns estão fora de perigo, de acordo com informações da Procuradoria-Geral da República do Paraguai. O suspeito foi considerado perigoso demais para ser mantido no local, e por isso as autoridades paraguaias optaram pelo pedido de extradição.
Giovanni Barbosa da Silva foi recebido pela Polícia Federal do Paraná na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), na Tríplice Fronteira. Conforme prevê o acordo tripartite, uma escolta especializada atuou para manter a segurança na região compartilhada entre Brasil, Paraguai e Argentina. A PF não informou para onde o criminoso foi levado.